sexta-feira, 4 de julho de 2008

O preço de viver por mais anos é elevado.


O organismo humano esteve em sintonia com o ambiente por milênios. Mas em pouco tempo e de forma abrupta (se considerarmos o tempo evolutivo), o ambiente mudou radicalmente.Não houve tempo para a adaptação biológica ao mundo criado pelo próprio homem. Um mundo sedentário e repleto de alimentos calóricos, no qual a expectativa de vida ultrapassa os 70 anos.

Somos os mesmos indivíduos.Só que num lugar muito diferente.
Não é estranhos termos problemas como entupimento de artérias, hipertensão, diabetes e obesidade (relacionados ao consumo de açúcares e gorduras e aos sedentarismo).

Com uma longevidade maior , surgem problemas, de faixas etárias para as quais o homem não estava programado para alcançar.
Uma vez cumprida a função evolutiva, o individuo deixa de ter função do ponto de vista biológico. Esse programa de vida não dava margem para surgirem os problemas que vemos hoje.
Viver mais faz aumentar a probabilidade de começarem a aparecer falhas neste sistema.
Doenças como o câncer, os males de Parkinson e Alzheimer, entre outras, entrariam nesta lista, ligada ao aumento da expectativa de vida.
Todas elas, de alguma forma, estão possivelmente associadas e esse descompasso entre ambiente e biologia.
É possível que, ao longo de milhares de anos, o homem evolua de forma a se adaptar, pela seleção natural, a esse novo ambiente.
Dá para imaginar que, se mantivermos o padrão atual ao longo do tempo, o homem possa se adaptar, por exemplo, a taxas mais altas de gordura, sal, açúcar na comida.

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