sábado, 31 de janeiro de 2009

Por que o estresse afeta a pele e o cabelo? Você sabe?

Partindo-se do princípio que toda a nossa estrutura corporal tem a mesma origem embriológica, fica fácil a compreensão de relacionar algumas manifestações cutâneas e de seus anexos (cabelo e unhas) como resultado das interações mentais.

Ambos, pele e sistema nervoso, derivam do ectoderma, o folheto externo do embrião, que na sua evolução, dobra-se sobre si mesmo formando um tubo, chamado tubo neural. A parte que fica por fora vai formar a pele e a parte interna vai desenvolver o sistema nervoso. Portanto, desde o início, a pele está em ligação direta com o sistema nervoso, enviando-lhe constantemente informações sobre o meio externo.

Estresse e aparência

O estresse diário fora do controle afeta as funções orgânicos corporais como um todo, abalando o que somos: um equilíbrio neuro-imune-endócrino-cutâneo. Significa que todas as células do nosso corpo são afetadas quando se está fora do controle emocional, pois tudo o que se passa a nível cerebral ocasionado pelas emoções, afeta as funções do *hipotálamo e desencadeia a liberação de neurotransmissores que ativam a produção de substâncias danosas diversas, afetam a produção dos hormônios, suprimem o sistema imunológico e acabam afetando a pele e seus anexos, isto é, a qualidade dos cabelos e unhas.

Estresse e emoções

Segundo trabalhos vanguardistas apresentados no 8º Congresso de Estresse (mal que acomete 80 milhões de brasileiros), que aconteceu no meio deste ano em Porto Alegre, "O gerenciamento das emoções é um dos grandes desafios que os profissionais enfrentam atualmente. Pesquisas recentes revelam que sentimentos como a raiva podem levar à morte prematura. Com freqüência, o rancor e a agressividade são identificados como causas de problemas cardíacos. Indivíduos cínicos e hostis têm cinco vezes mais chance de morrer antes dos cinqüenta anos do que pessoas calmas e capazes de perdoar. Essas conseguem se desligar emocionalmente da situação estressora e se recompõem mais rapidamente."

Estamos começando a desvendar o mecanismo de transmissão do estado de tensão à pele por via nervosa e sanguínea, mas já sabemos que várias alterações, como a diminuição da resistência e do funcionamento dos componentes de defesa e a proliferação e diferenciação das células são afetadas diretamente pelos estados emocionais de estresse, depressão e ansiedade.

Inflamação anormal

Falando especificamente dos compostos que afetam a pele, o cabelo e as unhas, quando estamos sob a influência de emoções negativas, como baixa auto-estima, sentimento de rejeição e perda, sintetizamos maior concentração de hormônios inflamatórios, a prostaglandina 2, fabricada a partir do ácido araquidônico. Com isso no couro cabeludo há uma tendência em maior produção de substâncias infamatórias, tornando-o extremamente sensível e irritável. Qualquer produto colocado sobre essa pele delicada pode causar coceira, vermelhidão e até desencadear um quadro propenso ao aparecimento da caspa.

O quadro de infelicidade constante, sentimento de inadequação e autocomiseração é um grande favorecedor da produção de prostaglandina 2 e pode também significar fios menos lubrificados, mais desprotegidos, mais suscetíveis à quebra. Também há maior tendência ao acúmulo de eletricidade estática e dificuldade de pentear.

Secreção sebácea anormal

Já os estados de ansiedade e superativação causam a liberação excessiva de adrenalina e estimulam a produção das glândulas sebáceas. No couro cabeludo pode significar maior oleosidade da raiz, propensão à queda e também desenvolvimento de quadros de caspa. Os fios podem perder o volume e ficarem grudados uns aos outros, aparentemente sujos e sem estilo.

Remédios simples: óleos essenciais

Sabendo disso pode-se adotar soluções simples e extremanente eficazes para reverter o quadro. Os cheiros entram pela porta da frente para ajudar a reverter a tristeza, o mal humor e a depressão.

No caso do óleo essencial de lavanda, trata-se de um ingrediente rico em acetato de linalila (30 a 55%) e linalol (20 a 35%), que juntamente com outros componentes, como o betaocimeno, cineol, cânfora e epóxido de careofileno; podendo ainda conter derivados de cumarina (cumarina, dihidrocumarina, herniarina e umbeliferona), contribuem parava comprovada ação calmante na mente e na pele delicada do couro cabeludo.

Já a baunilha, outra campeã de uso entre os óleos essenciais para acalmar a mente e reequilibrar o corpo todo, o fruto fermentado contém aproximadamente 2% de vanilina, além de outros constituintes importantes do aroma, como o para-hidroxibenzaldeído (até 9%) e o para-hidroxibenzilmetileter (1%).

Portanto, é isso aí: mente equilibrada e cabelo bonito!

*Hipotálamo: Parte do cérebro onde se encontram numerosos centros do sistema nervoso simpático e parassimpático (reguladores do sono, do apetite, da temperatura corporal, etc.) Fonte: Dicionário Houaiss

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tratamento natural para a pressão baixa!

A pressão baixa, ou hipotensão arterial, como é chamada em linguagem médica, é a redução da taxa normal de pressão nas artérias, força necessária para que o sangue chegue aos tecidos. Essa pressão varia entre o momento da batida do coração e o momento em que esse músculo relaxa. Quando fica abaixo de 100 por 70 mmHg (ou milímetros de mercúrio), ou 10 por 7 (como dito em linguagem corrente) ela é considerada baixa. Entre os principais sintomas estão o cansaço e a sensação de vista escura quando a pessoa se levanta rápido. Bastante comum principalmente entre mulheres, a hipotensão arterial não representa grandes riscos para a saúde e em geral ocorre devido a uma tendência pessoal. Mas pode ser conseqüência de muito calor, ou de uma alimentação pobre e com pouco sal e água.

Este problema não tem um tratamento específico pela abordagem da medicina ocidental, além do uso pontual de estimulantes nos momentos críticos. Já as plantas medicinais, vitaminas e minerais oferecem recursos eficazes para tratar ou prevenir pressão baixa. A fitoterapia, por exemplo, pode ser utilizada segundo a visão da medicina tradicional chinesa (MTC), juntando-se as plantas em fórmulas que têm histórico de melhorar sintomas de pressão baixa.

De acordo com os ensinamentos desta medicina milenar, a pressão fica baixa porque falta energia corporal para impulsionar o sangue. Esta energia depende do funcionamento dos órgãos, como o baço, o pâncreas, o estômago, o pulmão e o coração - que produzem a energia nutritiva -, e o rim, que representa a capacidade energética herdada dos ancestrais - energia de natureza Yang. Sem nutrição e aquecimento o coração não tem força para bombear o sangue adequadamente e a pressão abaixa.

Segundo a MTC, a falta de energia no rim provoca tonteiras, frio no corpo, pouca sede, urina clara, sonolência, dor na região lombar. Nesse caso a fórmula indicada é a Li Zong Tang (chá para aquecer o centro do corpo), que contem gengibre, canela na sua composição.

Caso os sintomas associados sejam cansaço, falta de apetite, sensação de falta de ar, digestão lenta e palidez, os chineses atribuem mais a função do baço, pulmão e estômago, indicando uma fórmula magistral conhecida como Si Jun Zi Tang, (chá com quatro ingredientes preciosos) que tem entre seus constituintes o ginseng e a alcaçuz.

Essas fórmulas estão descritas no meu livro “Fórmulas Mágicas – como utilizar e combinar plantas para o tratamento de doenças simples”, cuja edição acaba de ser revista e atualizada e relançada pela editora Nova Era.

Pessoas que não gostam de chá podem lançar mão da uma alimentação para se tratar. A primeira recomendação é que seja rica em vitaminas e minerais, combinando raízes, grãos (como nozes, amêndoas e castanhas), cereais integrais, frutas, legumes e ovos. Deve-se colocar sal marinho na comida procurar cozinhar bem ao alimentos evitando-se ingeri-los crus (com exceção de algumas frutas) e temperá-los com temperos “amornantes” (como canela, gengibre, pimenta do reino, noz moscada, orégano e louro).

Comidas vindas do mar como peixes de água profunda e algas também podem ajudar. Vale destacar a importância de se fazer exercícios diários, especialmente dentro d’água, como natação e hidroginástica. Eles ajudam a melhorar a força de contração do coração e normalizar a pressão nos vasos sangüíneos.


Atenção!
Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracterizam como sendo um atendimento

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sexo pode afetar o coração de hipertensos ou de quem teve infarto?

A atividade sexual pressupõe que a pessoa esteja bem no aspecto emocional e no aspecto orgânico. Uma pessoa que atravessa por alguma doença ou distúrbio, geralmente terá pouca (ou nenhuma) disposição para lançar-se em uma atividade do cotidiano, ou mesmo em prática sexual.

Não existe fundamento científico de que a atividade sexual possa afetar o coração. Mas a retomada da prática sexual após o infarto deve estar sob acompanhamento médico Após o infarto a retomada da vida sexual, assim como as demais atividades do cotidiano, a pessoa deve estar sob acompanhamento médico. É comum a pessoa apresentar a diminuição do desejo sexual, a diminuição do número de orgasmos, ou até mesmo a suspensão das atividades sexuais. É bom lembrar que junto aos problemas cardíacos nota-se a presença de depressão, diminuição do desejo sexual, cansaço, entre outros, que constituem fatores que não favorecem a atividade sexual.


A retomada das atividades do cotidiano, inclusive a prática sexual, geralmente ocorre entre duas a quatro semanas após o enfarto. Esta retomada deve ser gradual, acompanhada pelas recomendações médicas. Assim que a pessoa conseguir realizar atividades físicas leves, ela estará pronta para reiniciar a prática sexual. Isto equivale a pessoa subir dois andares de escada sem ter dor no peito ou sentir-se cansada, o que do ponto de vista físico indica que tem condições de praticar sexo.

A medicação utilizada no tratamento das doenças do coração pode gerar dificuldade na obtenção e/ou manutenção da ereção, diminuição do desejo sexual, sonolência, entre outros sintomas. Por outro lado, jamais a pessoa deve suspender o uso da medicação sem orientação médica. O médico deve ser consultado a fim de realizar o ajuste da dosagem, ou mesmo do horário do uso da medicação, para que os sintomas colaterais sejam minimizados.

Com relação às pessoas hipertensas, o sexo não oferece perigos. Como exposto anteriormente, é importante a adoção de hábitos saudáveis, dentre eles a reeducação alimentar e a prática de atividade física. Atividade física é indispensável para pessoas saudáveis e, principalmente, para pessoas que apresentam algum tipo de problema no coração.

É comum que as pessoas enfartadas desenvolvam o medo de que o infarto ocorra novamente. Mas este medo não tem fundamentação científica, pois pesquisas revelam que não existe tal ligação.

Muitas pessoas evitam o contato com o seu parceiro(a) sob a justificativa de que isso poderia afetar o coração, ou mesmo trazer algum tipo de prejuízo. O cuidado que se deve ter é que se esta justificativa não mascara a presença da falta de desejo sexual, ou mesmo algum outro tipo de dificuldade no relacionamento do casal.

Com relação à prática sexual e à hipertensão, consideremos que a prática sexual pode ser compreendida enquanto uma modalidade de atividade física. Pesquisas mostram que a atividade física contribui para a diminuição da pressão arterial. Por outro lado, isto não dispensa o acompanhamento médico para manter o controle da pressão elevada. Se você tem hipertensão, é importante que você consulte-se com um médico cardiologista. A partir de uma avaliação do seu caso, este profissional poderá orientá-lo de forma mais específica.

Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psicologia e não se caracterizam como sendo um atendimento

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O problema não é o colesterol, mas o excesso

Estudo aponta que dois terços da população de dez países da América Latina, Europa e Ásia não sabem que as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Esse mesmo estudo, feito pelo Instituto Adelphi International Research junto a 1.547 pacientes e 700 médicos, apontou que no Brasil, 80% das pessoas não sabem que o colesterol alto pode causar ataques cardíacos, denominação popular para o infarto do miocárdio. O Ministério da Saúde estima que as doenças cardiovasculares causem em média 800 mil mortes por ano no Brasil.

Problema está no excesso

Encontrado exclusivamente nos produtos de origem animal, o colesterol é agrupado à família das gorduras. Além de estar presente nos alimentos que ingerimos (cerca de 30% é fornecido pela alimentação), a maior parte, cerca de 70%, é produzido no nosso corpo, principalmente pelo fígado. É o chamado colesterol endógeno.

Geralmente associado à coisa ruim, o colesterol paga por quase todos os males do coração. Mas pouca gente sabe o quanto ele é importante para o bom funcionamento do organismo. O colesterol é indispensável na produção dos hormônios masculinos e femininos, na síntese de vitamina D, na construção e restauração contínua das membranas que envolvem as células, na composição do ácido biliar que regula a digestão dos alimentos, entre outras funções. Por isso, ninguém vive sem colesterol. O importante é tê-lo na medida certa, e para isso devemos monitorar os 30% que ingerimos através da alimentação.

Importante lembrar aqui, que por defeito genético ou enzimático, existem pessoas que produzem muito colesterol no fígado; nesse caso, é extremamente importante que haja o acompanhamento de um cardiologista, com o objetivo de monitorar as taxas do colesterol endógeno.

O colesterol em excesso costuma depositar-se sob a forma de placas nas paredes interiores das artérias, processo chamado de aterosclerose. Esses depósitos de gordura ricos em colesterol atraem compostos de cálcio que engrossam e enrijecem ainda mais as artérias, levando a arteriosclerose. Com isso, a passagem do sangue é obstruída e coloca em risco o funcionamento do coração, podendo levar ao infarto agudo do miocárdio.

No sangue, o colesterol pode estar livre ou fazendo parte das chamadas lipoproteínas (um aglomerado de colesterol, proteínas e gorduras que circulam pelas artérias e veias). O colesterol conhecido como LDL é o que participa da formação das placas de gordura que obstruem as artérias. Sua elevação é indesejável e deve ser combatida. Chamamos o LDL de "colesterol ruim".

Já o colesterol contido nas lipoproteínas HDL, chamado de o "bom colesterol", não participa do processo de obstrução das artérias e tem ainda um efeito protetor, porque retira o colesterol dos tecidos e o leva para o fígado onde é eliminado ou reaproveitado. Portanto, quanto maior forem os níveis de HDL, mais se evita a obstrução das artérias pela aterosclerose.

Fontes de colesterol na dieta

O colesterol só existe em alimentos de origem animal, contudo, alimentos ricos em gorduras saturadas também favorecem o aumento do colesterol no sangue. Por isso, limitar apenas a ingestão de colesterol não é suficiente para se prevenir a aterosclerose.

Assim, os alimentos que devem ser evitados por quem sofre com o problema ou quer preveni-lo são a gema de ovo (a clara pode ser consumida à vontade), fígado, frutos do mar, miúdos, manteiga, maionese, gordura de carnes (inclusive pele de aves), embutidos (lingüiça, salsicha, salame, presunto), sorvetes, leite integral, queijos amarelos, alimentos produzidos com gordura hidrogenada (gordura vegetal), etc. Por serem fontes abundantes de gordura saturada, o coco fruta, leite de coco, azeite de dendê e manteiga de cacau (ingrediente dos chocolates) também devem ser evitados.

Níveis ideais

Atualmente, têm sido estabelecidos os seguintes índices de medida:

Adulto sadio - Colesterol total ideal: até 200mg/dl

Pessoas com fatores de risco* - Colesterol total: até 130mg/dl

Pessoas com doenças coronarianas - Colesterol total: até 100mg/dl

*Fatores de risco: pressão alta, fumo, obesidade, sedentarismo, stress

Solução sem medicação

Para a grande maioria das pessoas que está com o nível de colesterol ligeiramente aumentado, outras soluções devem ser tentadas antes do recurso aos medicamentos.

As pesquisas estão apontando três soluções para as pessoas que estão um pouco acima dos níveis normais. Uma delas é o exercício físico. Estudos recentes estão demonstrando que a prática de exercícios pode ajudar na redução do colesterol ruim, o LDL.

Outra solução é a perda de peso. Embora indivíduos magros possam ter também níveis elevados de colesterol, pesquisas mostram que indivíduos que estão com quilos acima do peso, têm uma redução importante nos níveis de colesterol quando conseguem retornar ao peso normal.

O outro caminho é o da alimentação equilibrada, ou melhor, ainda, do uso correto de alimentos capazes de reduzir o mau colesterol, aumentando o HDL, o bom colesterol. Como pesquisadora em alimentos funcionais, vejo esta solução como a mais promissora.

Na lista de alimentos que ajudariam o bom colesterol e diminuiriam os riscos do mau colesterol estão as fibras, presentes em cereais integrais como a aveia, cevada, centeio, e na casca de frutas como maçã e bagaço de laranja; o ômega-3, um tipo de gordura presente em peixes marinhos como sardinha, atum, salmão, anchova, cavalinha, etc; as proteínas da soja e suas isoflavonas, encontradas em alimentos à base de soja; o resveratrol, uma substância presente em uvas roxas e no vinho tinto (2 cálices ao dia); pigmentos encontrados em vegetais como o tomate vermelho (licopeno), amoras, cerejas e framboesas (antocianinas), entre outros que estão sendo investigados.

Dicas importantes

Se você quer manter as taxas de colesterol nos níveis adequados não se esqueça de:

- Comer mais frutas, vegetais e cereais integrais (aveia, centeio, farelos de trigo, arroz integral, etc): eles são ricos em fibras e substâncias antioxidantes.
- Comer mais peixes marinhos como sardinha, atum, salmão, anchova, cavalinha, etc, ricos em ômega-3.
- Temperar os pratos com ervas, alho e cebola; reduzir o consumo de sal.
- Utilizar laticínios pobres em gordura, como leite e iogurte desnatados.
- Reduzir a ingestão de colesterol e gorduras saturadas, como as fontes já citadas nesse texto.
- Fazer uso, com moderação, de gorduras saudáveis presentes no azeite de oliva, abacate, nozes, castanhas e amêndoas.
- Evitar frituras; dar preferência à alimentos grelhados, assados ou cozidos.
- Consultar anualmente seu cardiologista

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Beterraba ajuda a baixar a pressão sanguinea


"Segundo uma pesquisa britânica publicada na revista online especializada ”Hypertension” (abril de 2008), o consumo de meio litro de suco de beterraba por dia pode ajudar a baixar a pressão sanguínea significativamente"

Segundo a cultura popular, tem sido atribuída a beterraba poderes analgésicos. Embora até hoje, alguns terapeutas naturais a recomendem para prevenir e reduzir risco de cânceres e favorecer o fortalecimento do sistema imunológico, bem como sugerir que o suco da beterraba crua pode acelerar a convalescença, não existe comprovação científica de que proporcione esses benefícios, embora seja considerada uma fonte alimentar razoavelmente nutritiva.

A beterraba é um vegetal bastante versátil podendo ser servida como acompanhamento, usada em conserva, salada, condimento ou como ingrediente principal no”borscht” – uma sopa fria de verão, popular no leste europeu, especialmente na Rússia e na Romênia.

As folhas da beterraba, consideradas as partes mais nutritivas do vegetal, podem ser cozidas e servidas da mesma forma que o espinafre ou a acelga. As beterrabas também poderão ser servidas como picles (conservas preparada com vinagre, caseiras ou industrializadas). Alguns nutrientes se perdem nesse processo, mas o gosto doce da beterraba permanece. As beterrabas mais saborosas são as pequenas, com folhas ainda presas ao caule. A melhor maneira de cozinhar as raízes da beterraba é fervê-la com casca, pois assim a maior parte dos nutrientes e a cor vermelha permanecerão. Depois que esfriarem, as cascas sairão mais facilmente e a raiz poderá ser fatiada, ralada ou poderá ser transformada em purê.

As beterrabas, além apresentarem um baixo valor calórico são fontes de minerais e vitaminas principalmente minerais como potássio, cálcio, ferro e vitaminas como o beta-caroteno, folato e vitamina C. Meio copo de beterraba contém aproximadamente 45 microgramas de folato, cerca de um quarto da IDR (Ingestão Dietética Recomendada), e 5mg de vitamina C. Suas folhas, se ingeridas tenras e verde, são mais nutritivas: 1 copo fornece 35mg de vitamina C – mais da metade da IDR para adultos, 720 equivalente de retinol de vitamina A, 160mg de cálcio, 2,5mg de ferro e 1.300mg de potássio. Recentemente estudos, têm mostrado que além de seu valor nutricional, o suco de beterraba pode ser considerado um aliado na redução da pressão sanguínea.

Pesquisa

Segundo uma pesquisa britânica publicada na revista online especializada ”Hypertension” (abril de 2008), o consumo de meio litro de suco de beterraba por dia pode ajudar a baixar a pressão sanguínea significativamente. Aparentemente, esse efeito é atribuído à substância chave nitrato, também encontrado em vegetais verde-escuros e folhosos.

Os pesquisadores concluíram que, em voluntários saudáveis hipertensos, a pressão arterial diminuiu uma hora depois do consumo do suco, mas o efeito foi ainda mais forte depois de três a quatro horas, e continuou a ser sentido até 24 horas depois do consumo da bebida. O estudo em conjunto da Queens University e da Universidade de Exeter poderão abrir caminho para um tratamento de baixo custo contra a pressão alta.

Anteriormente, os benefícios das dietas ricas em frutas e legumes eram atribuídos ao seu alto conteúdo de vitaminas antioxidantes, hoje atribui–se também esse benefício à presença do nitrito. Os pesquisadores mostraram que o nitrato presente no suco é convertido em nitrito na saliva, por bactérias presentes na língua. Esta saliva contendo nitrito é engolida, e no ambiente ácido do estômago ela é ou convertida em óxido nítrico, ou reinserida na circulação como nitrito. O ápice da redução da pressão arterial coincidiu com o ápice dos níveis de nitrito na circulação.

A redução da pressão, no entanto, não foi observada em um segundo grupo de voluntários, que não engoliu a saliva enquanto bebia o suco, ou durante as três horas seguintes. Estatísticas hoje mostram que mais de 25% da população mundial é hipertensa e há estimativas de que este número poderá chegar a 29% até 2025. A hipertensão é apontada como causa de cerca de 50% dos problemas cardíacos e aproximadamente 75% dos derrames. “Nossa pesquisa sugere que beber suco de beterraba, ou consumir outros vegetais ricos em nitrito, pode ser uma maneira simples de manter um sistema cardiovascular saudável, e pode vir a ser mais uma forma de combater a pressão alta”, disse a médica Amrita Ahluwalia, envolvida no estudo.

O professor Graham McGregor, da British Hypertension Society, descreveu a pesquisa como “interessante”. Segundo ele, “Isso mostra que o suco de beterraba abaixa a pressão a curto prazo em voluntários com pressão sanguínea normal”. “Agora precisamos de pesquisas para ver se ele tem efeito sobre pessoas que apresentam pressão alta há um longo período de tempo”.

Segundo McGregor, já há pesquisas mostrando que uma dieta rica em frutas e legumes também tem impacto benéfico sobre a hipertensão. Mas ele afirma que estudos anteriores mostraram que o potássio pode ser o mineral-chave. Embora sabendo que uma dieta rica em frutas e legumes inserida como parte de uma dieta balanceada e um estilo de vida saudável é benéfica à saúde do coração, o que ainda nós não sabemos é se há alguns legumes ou frutas mais benéficos do que outros. Diante disso a minha recomendação por enquanto, é que as pessoas devem continuar a consumir uma ampla variedade de frutas e legumes para atingir as cinco porções diárias.

Efeito nos excrementos

Muitas pessoas se preocupam quando notam uma coloração rosa ou avermelhada na urina ou nas fezes depois de comerem beterraba. O motivo é simples (e inofensivo): a betacianina, pigmento vermelho da beterraba, passa pelo sistema digestório sem ser decomposta. Mas a urina e as fezes geralmente voltam à coloração normal depois de um ou dois dias.

Dicas importantes

A beterraba é o vegetal que possui o maior índice de açúcar. Mas, mesmo assim, tem poucas calorias: cerca de 50 por xícara.

Atualmente, muitos cozinheiros jogam fora as folhas da beterraba e só usam a raiz, entretanto nos tempos antigos, apenas as folhas eram consumidas. A raiz era usada como remédio para aliviar dores de cabeça e de dente. As folhas de beterraba são ricas em ácido oxálico, e não devem ser consumidas por pessoas que tenham problemas de cálculos renais.

A betacianina, pigmento vermelho da beterraba é extraída podendo ser usada como corante natural para alimentos ou para tintura.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Brócolis pode reduzir danos causados pelo fumo.


"Recentemente um estudo publicado na revista científica “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”, mostrou que o brócolis pode ajudar a reduzir os danos causados nos pulmões de pacientes que sofrem de uma séria doença pulmonar conhecida como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), normalmente causada pelo fumo e que engloba um conjunto de problemas pulmonares, entre eles a bronquite crônica e o enfisema" Pesquisas recentes têm mudado drasticamente nossa maneira de pensar em relação à importância da dieta na prevenção e no tratamento de câncer. É cada vez mais evidente que certos produtos podem ajudar no desenvolvimento e na propagação de tumores malignos, enquanto outros podem retardar ou até mesmo impedir o aparecimento. Cientistas do Instituto Nacional do Câncer estimam que um terço de todos os casos de câncer está relacionado à dieta, especialmente àquelas ricas em gorduras e alimentos industrializados. Eles também acreditam que a maioria desses casos poderia ser evitada através de mudanças nos hábitos alimentares.

Os dados associam as dietas ricas em frutas e vegetais a um risco reduzido de muitos tipos fatais de câncer. Esses alimentos são ricos em flavonóides e outras substâncias químicas vegetais, fibras e nutrientes antioxidantes, como o beta-caroteno, as vitaminas A, C, E e o selênio. Todas essas substâncias podem retardar o processo que leva ao câncer. Elas o fazem através de vários mecanismos de proteção: pela neutralização ou pela desintoxicação de agentes causadores do câncer (carcinógenos); evitando alterações pré-cancerosas no material genético celular devido aos carcinógenos, radiação e outros fatores ambientais e reduzindo a ação hormonal que pode estimular o crescimento de tumores.

Valor nutricional e funcional do brócolis

Um vegetal que tem sido bastante pesquisado e despertado o interesse de pesquisadores do mundo é o brócolis, não apenas pelo seu valor nutricional, mas pelo seu valor funcional, ou seja, sua capacidade de poder reduzir ou prevenir riscos de doenças. O brócolis contem vitaminas e minerais essenciais em abundância.. É excelente fonte de vitamina C, boa fonte de vitamina A e folato, apresenta quantidades significativas de proteínas, cálcio, ferro e outros minerais, tem alto teor de fibras, e um baixo valor calórico.

Uma xícara de brócolis cozido contém somente 40 calorias. Por outro lado, essa porção proporciona quase o dobro da RDA (Ingestão Dietética Recomendada) de vitamina C e um terço ou mais da RDA de vitamina A e de folato. Além disso, uma xícara de brócolis contém 130mg de cálcio, 1,2mg de ferro e 5g de proteínas. Essa quantidade de brócolis cozido também fornece 2,5g de fibras importantes para a saúde dos intestinos. Prevenindo principalmente a constipação ou prisão de ventre.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Semente de Linhaça faz bem ao coração.

Importantes estudos científicos têm apontado diversos componentes bioativos e nutrientes presentes em alguns alimentos, com propriedades para reduzir o risco de certas doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

"A semente de linhaça tem se destacado como um alimento funcional, uma vez que apresenta alguns nutrientes específicos que podem trazer diversos benefícios à saúde. Fonte de ácidos graxos ômega 3 e 6, a linhaça também é rica em minerais, vitaminas, fibras e lignanas, compostos associados às fibras" As pesquisas demonstram que o consumo regular de fibras, antioxidantes, ácidos graxos ômega-3, entre outras substâncias, associado a uma dieta balanceada, com baixo teor de gorduras e calorias, é capaz de manter o peso adequado e prevenir contra doenças cardiovasculares, diabetes e até mesmo o câncer.

Dentre os alimentos que estão sendo investigados, a linhaça tem se destacado por apresentar várias evidências científicas acerca de seus benefícios para a saúde.
A semente de linhaça (Linun usitatissinum) pertence à família das Lináceas e é obtida a partir do linho, uma das plantas mais antigas da humanidade. Apesar de seu consumo ser relativamente novo na atualidade, existe indícios de sua utilização desde 5.000 A.C. na Mesopotâmia.

Hoje, o Canadá lidera a produção mundial dessa semente, sendo responsável por 80% das cerca de 2 milhões de toneladas lançadas anualmente no mercado. A China e os Estados Unidos vêm em seguida, enquanto que o Brasil apresenta uma produção ainda pequena.

Semente de linhaça dourada e marrom

Existem dois tipos de semente de linhaça: a dourada e a marrom. Não existem diferenças na composição dos dois tipos, já que as duas são compostas pelos mesmos nutrientes e mantêm o mesmo potencial funcional. Contudo, acredita-se que a variedade marrom, cultivada principalmente em regiões de clima quente e úmido como no Brasil, apresente uma casca mais resistente que a variedade dourada, plantada em regiões frias como no Canadá. Além disso, a forma de cultivo pode ser fator de diferenciação: enquanto a dourada geralmente é cultivada de forma orgânica e apresenta um sabor geralmente mais suave, a variedade marrom freqüentemente exige o uso de agrotóxicos e apresenta sabor mais forte.

Presença de nutrientes funcionais

A semente de linhaça tem se destacado como um alimento funcional, uma vez que apresenta alguns nutrientes específicos que podem trazer diversos benefícios à saúde. Fonte de ácidos graxos ômega 3 e 6, a linhaça também é rica em minerais, vitaminas, fibras e lignanas, compostos associados às fibras.

A semente contém cerca de 37 a 42% de gordura em sua composição, sendo que aproximadamente 70% são do tipo poliinsaturada, composta especialmente pelos ácidos graxos ômega 3 e 6, dois tipos de gorduras essenciais que não podem ser produzidas pelo organismo.

Cerca de 57% do conteúdo de ácidos graxos da semente é composto pelo ácido alfa-linolênico (ALA), um ácido graxo ômega 3 que é essencial para o funcionamento das células. Os estudos mostram que esse ácido graxo auxilia no controle dos níveis de triglicérides e colesterol, além de favorecer a diminuição da inflamação e reduzir a agregação plaquetária, tornando o sangue mais fluído e evitando a formação de trombos. Dessa forma, o consumo regular de linhaça contribuiria para a prevenção de doenças cardiovasculares e a melhora da qualidade de vida das pessoas em geral.

Rica em carboidratos complexos, a presença das fibras (27g para cada 100g) é outro ponto positivo da semente, que apresenta baixo índice glicêmico. A excelente quantidade e a boa proporção entre as frações de fibras solúveis e insolúveis, auxiliam na diminuição do colesterol, no controle da glicemia e no bom funcionamento do intestino. Além disso, as fibras em geral têm sido associadas a outras funções no organismo, como a promoção da saciedade e controle da ingestão alimentar.

Finalmente, um outro componente importante da linhaça são as lignanas, compostos que dão origem no trato intestinal a duas lignanas mamíferas: o enterodiol e seu produto oxidado, a enterolactona. Essas duas substâncias, que se formam da ação bacteriana sobre a lignana vegetal da linhaça, são estruturalmente similares tanto aos estrogênios sintéticos como aos de ocorrência natural e parecem possuir atividades estrogênicas fracas e antiestrogênicas, podendo desempenhar resultados positivos para constipação, no tratamento da tensão pré-menstrual, na menopausa e na prevenção de cânceres dependentes de estrogênios. Contudo, mais estudos nessa área são necessários para se comprovar esses efeitos.

Estudos clínicos na área cardiovascular

Como vimos, a linhaça é uma rica fonte de compostos com grande potencial para modular o risco cardiovascular. Vários estudos têm sido conduzidos com o objetivo de avaliar os efeitos do consumo desse alimento sobre marcadores de risco em pessoas hipercolesterolêmicas e a conclusão de grande parte deles é que o alimento, preferencialmente moído, em forma de farinha, reduz o risco de doenças cardiovasculares, principalmente por diminuir os níveis de LDL-colesterol, colesterol total e marcadores de inflamação como a proteína C reativa (PCR).

Uma pesquisa1 com 62 pessoas com LDL-colesterol entre 130-200 mg/dl avaliou o consumo de linhaça moída sobre alguns marcadores de risco cardiovascular durante dez semanas. O grupo que consumiu 40g de linhaça todos os dias teve o LDL-colesterol reduzido em 13% na quinta semana do estudo e 7% no final das dez semanas. Houve também uma redução da lipoproteína A (14%) e da taxa de resistência à insulina (23,7%).

Resultado semelhante ocorreu em um outro estudo2 com 55 mulheres na menopausa. A suplementação com linhaça diminuiu o colesterol total e o LDL- colesterol em aproximadamente 7 e 10%, respectivamente.

O consumo de linhaça já foi comparado também com o uso de estatinas. Uma pesquisa3 com 40 pessoas com colesterol plasmático maior que 240mg/dl comparou 3 tipos de tratamentos: o primeiro era composto de uma dieta equilibrada, adequada para pessoas com hiperlipidemia; o segundo envolvia dieta + estatinas; o terceiro tratamento empregou dieta + 20g de linhaça moída por dia. Após dois meses de estudo, os autores concluíram que o grupo que utilizou linhaça apresentou resultados semelhantes ao grupo com estatinas. Houve reduções significantes para o colesterol (17,2%), LDL-colesterol (3,9%), triglicérides (36,3%) e taxa de colesterol/ HDL (33,5%).

Para finalizar, no Brasil, um estudo conduzido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP4, avaliou o consumo de linhaça em um grupo de 40 pacientes obesos com sinais laboratoriais de inflamação. O consumo de 30g de linhaça ao dia reduziu os valores de proteína C reativa (PCR) e seroamilóide A (SAA), dois marcadores de inflamação. Uma análise estatística revelou correlação significativa entre os valores iniciais desses dois marcadores e a contagem de leucócitos, assim como com colesterol total, triglicérides e outras frações lipídicas.

Quanto e como consumir

As pesquisas mostram que os benefícios da linhaça se potencializam quando a semente é moída ou triturada, pois como a casca da semente é muito dura, sua digestão é comprometida podendo passar direto pelo trato gastrointestinal, reduzindo a absorção de seus nutrientes. A semente moída (farinha) deve ser mantida sob refrigeração e longe da luz, para evitar a oxidação das gorduras.

Com relação à quantidade ideal de consumo, ainda não existe um consenso. Na maioria dos estudos avaliados, os benefícios foram alcançados com a ingestão média de uma a duas colheres (sopa) de farinha de linhaça ao dia. Para facilitar a adaptação e digestão, recomenda-se que a inclusão da linhaça na alimentação diária seja gradativa.

Por último, é importante ressaltar que algumas propriedades funcionais da linhaça são encontradas na casca e, portanto, não estão presentes quando somente o óleo na forma de cápsulas é ingerido.

Novidades do mercado

Atualmente é possível encontrar no mercado a linhaça sob várias formas. Além das variedades marrom e dourada e das diferentes formas de processamento, integral (semente) ou moída (farinha), a linhaça tem sido utilizada para enriquecer pães em geral, biscoitos, macarrão, barrinhas de cereais, cereais matinais, etc.
Uma boa sugestão é comprar a farinha para ser usada em pratos do dia a dia. Ela pode ser adicionada a saladas de frutas, sopas, mingaus, iogurtes, vitaminados ou usada para compor receitas de bolos, biscoitos, pães e barras de cereais.

Uma novidade recente do mercado e que vai agradar consumidores e médicos preocupados com a saúde do coração dos seus pacientes, é uma farinha dourada enriquecida com um complexo de vitaminas B6, B12 e ácido fólico (LinoMax®). Essas três vitaminas são indicadas para reduzir os níveis de homocisteína, um aminoácido produzido pelo próprio organismo (após a digestão de carnes ou laticínios), que em altos níveis no sangue pode provocar o aumento do risco de coágulos e entupimento das artérias, além de contribuir para a formação de depósitos de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, aumentando sua rigidez e dando origem à chamada aterosclerose.

Do nosso ponto de vista, a ação combinada do ácido alfa-linolênico (ômega 3) + fibras + lignanas + complexo B6, B12 e ácido fólico, presentes nesse alimento, é uma excelente arma de baixo custo na redução do risco das doenças cardiovasculares.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Frutas podem substituir cosméticos?!


É um privilégio para nós brasileiros a variedade, frescor e riqueza das frutas do nosso país. Elas são fundamentais para a nutrição do nosso corpo; compostas essencialmente de água, vitaminas, proteínas e sais minerais, principalmente cálcio, ferro e fósforo. Elas são fáceis de digerir, nutritivas e desintoxicantes. Mas será mesmo que elas trazem benefícios cosméticos?

As técnicas modernas de obtenção de ativos possibilitam a extração de princípios biológicos a partir de polpas de frutas, mas é preciso muita cautela, pois simplesmente adicionar sucos ou polpas diretamente sobre a pele ou cabelo pode causar sérios problemas de irritação, alergia ou foto-sensibilização. Por outro lado para o formulador de cosméticos é um grande desafio trabalhar com tais ingredientes e conseguir estabilidade do produto e boa performance.

Vou falar um pouco das propriedades cosméticas de cinco frutas, mas lembrem-se de jamais colocá-las diretamente sobre a pele e sim de procurar produtos de empresas sérias onde tais ingredientes estejam presentes.


ABC das frutas cosméticas

Abacaxi

Fruta rica em uma enzima chamada bromelina, contém vitamina C, tiamina, ácido fólico, vitamina B6 e minerais tais como potássio, magnésio, cálcio e manganês. Essa composição faz do abacaxi uma fruta de propriedades adstringentes, nutrientes e amaciantes e é indicada para de limpeza e condicionamento dos cabelos ásperos e rebeldes.


Amora

Concentrada em mucilagens, açúcares, ácidos orgânicos, flavonóides e sais minerais tais como potássio, magnésio, cálcio e manganês, apresentando propriedades protetoras e adstringentes, sendo bem bacana para hidratar, nutrir e equilibrar a pele

Banana

Minha fruta preferida, sempre falo das propriedades fantásticas da banana, cheia de bons açúcares e sais minerais, principalmente cálcio, potássio, fósforo e ferro e vitaminas A, B1, B2 e C. A banana é um ótimo ingrediente para dar brilho aos cabelos e também para dar vitalidade a pele ressecada e flácida.

Papaia

Contém grandes quantidades de sais minerais (cálcio, fósforo, ferro, sódio e potássio) e vitaminas A e C. Além disso, também contém papaína, uma enzima proteolítica importante para amaciar, hidratar, nutrir e remineralizar a pele.


Manga

Quando madura é riquíssima em vitamina A, mas também contém vitaminas do complexo B e vitamina C, além de alguns sais minerais, principalmente ferro e flavonóides antioxidantes. É um belo emoliente e protetor para pele e fio de cabelo, proporcionando luminosidade e maciez para ambos.



Bom apetite!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Vitamina C protege a pele de radicais livres

Sabemos que é fundamental proteger a pele da formação dos radicais livres, substâncias que causam envelhecimento precoce da pele. Uma bela opção em ingrediente ativo para esta finalidade é a vitamina C. Na alimentação ela está disponível em frutas cítricas, tomate, verduras frescas e cruas.

Em cosméticos a vitamina C exerce uma ação anti-oxidante sobre a pele, protegendo-a do envelhecimento acelerado e estimulando a formação de colágeno - que recheia a pele, dando o conteúdo interno, é como o recheio do colchão, dá o volume ao rosto - e favorecendo o clareamento de manchas.

Como a vitamina C é muito instável, a indústria de matérias-primas desenvolveu formas estáveis e bem mais ativas dessa substância. Saiba o que procurar nas fórmulas, nos rótulos de seu cosmético vitaminado:

Para a pele

Mais efetivas que o ácido ascórbico(a Vitamina C pura), são seus derivados e misturas de complexos, pois potencializam seus efeitos e agregam outros benefícios.

A vitamina C oleosa, Ascorbil tetraisopalmitato, é muito interessante, pois além do efeito clareador da pele, promove síntese de colágeno (clique aqui) e efeito anti-radicais livres, ajudando também na ação anti-acne.

A mistura do ácido ascórbico com uma planta canadense, Rumex Occidentalis, tem ação despigmentante, com grande efeito inibitório da enzima tirosinase. Esta inibição reduz a formação de pigmentos cutâneos, permitindo controlar a tonalidade da pele.

Cor da pele uniforme

O complexo formado por fosfato de ascorbil magnésio, que é um derivado da vitamina C estável, somado ao extrato de uva-ursi não apenas inibe o progresso do escurecimento da pele, como também reduz efetivamente a pigmentação existente, deixa uniforme a tonalidade da pele.

Para o cabelo

Os derivados de vitamina C no cabelo agem de três formas distintas: como antioxidante (ascorbato de cálcio e ascorbato de magnésio), evitando a rancificação dos lipídeos naturais que protegem o fio, e também como favorecedor da homogeneidade e densidade do fio (principalmente o fosfato de ascorbil magnésio).

Melhoram ainda o brilho do cabelo, devido a ação micro-esfoliante suave da cutícula, deixando a superfície do fio mais homogênea e refletiva da luz. Além disso, diminuem a porosidade da fibra capilar, contribuindo para maior resistência à quebra e formação de pontas duplas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Comer doce estressa!

Para o sistema do yoga, a forma mais elaborada e maior da energia vital se manifestar é através da circulação da energia nervosa. Ou seja, do sistema nervoso.
A ciência contemporânea conseguiu evidenciar o funcionamento do sistema nervoso autônomo.

O grande vilão de nossas vidas é o estresse causado pela pressão tanto no trabalho, como na vida pessoal. Pressão para ir e vir, conflitos emocionais, problemas financeiros... Distâncias maiores para se deslocar, aceleração dos ritmos de comunicação, ritmos de decisão e desafios cada vez mais difíceis de lidar.

Já abordei o assunto estresse muitas vezes nos meus textos, mas acho importantíssimo apontar de novo, e convencer o leitor de que existem muitas técnicas disponíveis hoje em dia, principalmente o yoga.

Fight or flight response = lutar ou correr

Instinto de" lutar" ou "correr" é principal desencadeador de estresse A sensação causada pelo estresse não depende das circunstâncias externas, por mais difíceis que elas sejam. Dependem principalmente da resposta automática aos fatores externos de nosso sistema nervoso. Como parte integrante de nosso instinto de sobrevivência, temos um sistema de “fight or flight response”.

Ou seja, “lutar ou correr” embutido dentro de nós e onde não podemos interferir conscientemente. Essas reações automáticas são totalmente úteis, pois preservam nossas vidas e espécie. Por essa razão, embutido dentro de nós, temos um sistema de proteção que faz com que, sob ameaça de uma catástrofe ou de uma ameaça física do meio ambiente, nós possamos ter recursos “instintivos” para salvar nossa vida.

As ameaças do cotidiano são motivos para nosso sistema nervoso entrar em surto ou em pânico.

Os sintomas do estresse, na sua maioria, são devidos a uma sobrecarga do sistema nervoso simpático, cujos nervos aparecem principalmente na altura da porção torácica e da porção lombar da coluna vertebral e se ramificam em direção de todos os órgãos e sistemas internos, e que preparam o corpo para enfrentar uma situação de estresse.

Alongamentos de longa duração (1 minuto de permanência) ajudam a combater o estresse Não temos consciência da situação até sentir as reações no corpo, que são os sintomas do estresse: mais força e mais velocidade dos batimentos cardíacos. O sangue é bombeado para os músculos mais rapidamente para enfrentar a situação, quando isso acontece, fica mais difícil se concentrar e atuar de uma maneira tranqüila.

- A digestão fica mais lenta porque o sangue está desviado para os órgãos da ação como os músculos. Os alimentos ficam mais tempo no estômago gerando problemas de fermentação e digestão;
- A musculatura se enrijece, se preparando para luta ou fuga, o que consome uma grande força vital e esgota o sistema nervoso. Tudo isso leva a uma sensação de cansaço, como se o “proprietário” do corpo tivesse feito grandes esforços físicos;
- A respiração fica acelerada. Em uma situação estressante, o plexo solar, que é um cruzamento de nervos, fica duro e não permite mais uma respiração abdominal - onde o diafragma estaria se movimentando para baixo (inspiração) e para cima (expiração) regularmente. A respiração passa a acontecer principalmente no alto da caixa torácica e se torna superficial. Essa impossibilidade de respirar corretamente gera ansiedade, e às vezes sensações ofegantes. E assim começa o circulo vicioso do estresse.


Comer doce estressa?

- O estresse eleva o nível de glicose na corrente sangüínea: o nível de “açúcar” aumenta para “nutrir” o esforço físico, desregulando o mecanismo de produção de insulina no pâncreas. A produção acelerada de insulina gera uma dependência para alimentos doces, que alimenta assim, de novo, o círculo vicioso do estresse.

Quando se come algo muito doce, uma grande quantia de insulina é jogada na corrente sangüínea. Com isso baixa-se o nível da glicemia - hipoglicemia (baixo nível de glicose. Por causa disso o corpo desencadeia a produção de glucagon (hormônio) e cortisol (hormônio do estresse) para elevar de novo a taxa de glicose - açúcar - para um nível correto. O cortisol sobe de repente provocando todos os efeitos negativos fisiológicos do estresse crônico: ataques de pânico, diabete, insônia, dores musculares.

Isso só acontece quando se como doce sozinho - separado de uma verdadeira refeição - ou quando se come só carboidratos rápidos. Se for uma sobremesa após refeição, está tudo bem. Comer doce estressa SIM, mas só nessas condições.