
A Síndrome do Burnot afeta os profissionais que vivem sob constante estresse, e de difícil diagnóstico, costuma ser confundida e tratada como depressão. De acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA), 70% dos brasileiros sofrem as conseqüências do estresse. Destes, 30% são vítimas do burnout, que pode levar a problemas como depressão e exaustão física e mental. “O fator-chave para se fazer um bom diagnóstico é avaliar se fora do ambiente do trabalho o portador da síndrome sente-se bem”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro (ABA-RJ)
É importante, ainda, diferenciar a doença da aversão provocada por conflitos com chefes ou pelas exigências do trabalho. “Na burnout, o contexto é o próprio trabalho. Não adianta a pessoa mudar de um lugar para outro. O que ocorre é que ela passa a questionar “por que estou aqui ?”, pois sente que perdeu tudo aquilo que deveria lhe dar um sentido de vida”, explica De Luna.
Na opinião do acupunturista, os profissionais que se envolvem com os problemas alheios e se frustram por não conseguir resolvê-los, estão propensos a desenvolver a síndrome. “A observação clínica tem mostrado que o desenvolvimento dessa doença tem a ver com a expectativa que as pessoas têm em relação aos seus trabalhos, aos seus resultados e ao respectivo reconhecimento. Em geral, ou são pessoas idealistas ou que esperam mais do trabalho do que ele efetivamente pode proporcionar. Aí elas “se queimam”, “explodem”, quando a frustração se torna crônica, diz.
Principais sinais e sintomas - Classificada pelo Código Internacional de Doenças (CID) como acidente de trabalho, a síndrome tem como principais sintomas físicos: dores de cabeça, coluna ou musculares, hipertensão, taquicardia, insônia, alergias, lapsos de memória, úlcera digestiva. Entre os sintomas emocionais, estão a avaliação negativa do desempenho profissional, esgotamento, sensação de fracasso e impotência, baixa auto-estima.
Acupuntura como tratamento - O tratamento convencional clássico é o psicoterápico mas a Acupuntura e as práticas integrativas e complementares (PIC) vêm se mostrando muito eficazes para combater a doença. Segundo especialistas, o estímulo pelas agulhas promove, por exemplo, a liberação de substâncias como a endorfina, a serotonina, a dopamina e a encefalina, que dão a sensação de bem-estar.
Já a prevenção se faz pela identificação dos grupos de risco e do trabalho em equipe multiprofissional, modificando a forma como as pessoas encaram o trabalho e fazendo com que elas lidem de outra forma com a impotência frente à impossibilidade de mudança de ocupação ou carreira, de status funcional ou de função no trabalho, por exemplo.
Fonte:
Márcio De Luna é presidente da Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro (ABA-RJ), especialista em Acupuntura, Shiatsu & Medicina Tradicional Chinesa há 24 anos, fisioterapeuta, Coordenador e Professor do Programa de Pós-graduação em Acupuntura do Instituto Brasileiro de Medicina Tradicional Chinesa (IBMTC).
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