Para o sistema do yoga, a forma mais elaborada e maior da energia vital se manifestar é através da circulação da energia nervosa. Ou seja, do sistema nervoso.
A ciência contemporânea conseguiu evidenciar o funcionamento do sistema nervoso autônomo.
O grande vilão de nossas vidas é o estresse causado pela pressão tanto no trabalho, como na vida pessoal. Pressão para ir e vir, conflitos emocionais, problemas financeiros... Distâncias maiores para se deslocar, aceleração dos ritmos de comunicação, ritmos de decisão e desafios cada vez mais difíceis de lidar.
Já abordei o assunto estresse muitas vezes nos meus textos, mas acho importantíssimo apontar de novo, e convencer o leitor de que existem muitas técnicas disponíveis hoje em dia, principalmente o yoga.
Fight or flight response = lutar ou correr
Instinto de" lutar" ou "correr" é principal desencadeador de estresse A sensação causada pelo estresse não depende das circunstâncias externas, por mais difíceis que elas sejam. Dependem principalmente da resposta automática aos fatores externos de nosso sistema nervoso. Como parte integrante de nosso instinto de sobrevivência, temos um sistema de “fight or flight response”.
Ou seja, “lutar ou correr” embutido dentro de nós e onde não podemos interferir conscientemente. Essas reações automáticas são totalmente úteis, pois preservam nossas vidas e espécie. Por essa razão, embutido dentro de nós, temos um sistema de proteção que faz com que, sob ameaça de uma catástrofe ou de uma ameaça física do meio ambiente, nós possamos ter recursos “instintivos” para salvar nossa vida.
As ameaças do cotidiano são motivos para nosso sistema nervoso entrar em surto ou em pânico.
Os sintomas do estresse, na sua maioria, são devidos a uma sobrecarga do sistema nervoso simpático, cujos nervos aparecem principalmente na altura da porção torácica e da porção lombar da coluna vertebral e se ramificam em direção de todos os órgãos e sistemas internos, e que preparam o corpo para enfrentar uma situação de estresse.
Alongamentos de longa duração (1 minuto de permanência) ajudam a combater o estresse Não temos consciência da situação até sentir as reações no corpo, que são os sintomas do estresse: mais força e mais velocidade dos batimentos cardíacos. O sangue é bombeado para os músculos mais rapidamente para enfrentar a situação, quando isso acontece, fica mais difícil se concentrar e atuar de uma maneira tranqüila.
- A digestão fica mais lenta porque o sangue está desviado para os órgãos da ação como os músculos. Os alimentos ficam mais tempo no estômago gerando problemas de fermentação e digestão;
- A musculatura se enrijece, se preparando para luta ou fuga, o que consome uma grande força vital e esgota o sistema nervoso. Tudo isso leva a uma sensação de cansaço, como se o “proprietário” do corpo tivesse feito grandes esforços físicos;
- A respiração fica acelerada. Em uma situação estressante, o plexo solar, que é um cruzamento de nervos, fica duro e não permite mais uma respiração abdominal - onde o diafragma estaria se movimentando para baixo (inspiração) e para cima (expiração) regularmente. A respiração passa a acontecer principalmente no alto da caixa torácica e se torna superficial. Essa impossibilidade de respirar corretamente gera ansiedade, e às vezes sensações ofegantes. E assim começa o circulo vicioso do estresse.
Comer doce estressa?
- O estresse eleva o nível de glicose na corrente sangüínea: o nível de “açúcar” aumenta para “nutrir” o esforço físico, desregulando o mecanismo de produção de insulina no pâncreas. A produção acelerada de insulina gera uma dependência para alimentos doces, que alimenta assim, de novo, o círculo vicioso do estresse.
Quando se come algo muito doce, uma grande quantia de insulina é jogada na corrente sangüínea. Com isso baixa-se o nível da glicemia - hipoglicemia (baixo nível de glicose. Por causa disso o corpo desencadeia a produção de glucagon (hormônio) e cortisol (hormônio do estresse) para elevar de novo a taxa de glicose - açúcar - para um nível correto. O cortisol sobe de repente provocando todos os efeitos negativos fisiológicos do estresse crônico: ataques de pânico, diabete, insônia, dores musculares.
Isso só acontece quando se como doce sozinho - separado de uma verdadeira refeição - ou quando se come só carboidratos rápidos. Se for uma sobremesa após refeição, está tudo bem. Comer doce estressa SIM, mas só nessas condições.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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